A. Corvo
Manhã cinza e o anonimato dos teus olhos sobre a
manhã.
Medito no teu perfil em pousio.
Há um feixe de luz em silêncio
e o anonimato dos teus olhos sobre a cinza.
Não és nada rapariga, mulher.
Rua livre da minha correria premeditada.
Vulto do meu parecer cansado.
Grito da minha discórdia vincada.
Medito sobre o silêncio justo dos teus olhos em anonimato.
Tu, meu único grito de cansaço.
Tu, minha única alucinação
sem veredicto.
Fica por aqui, rapariga-mulher
da manhã cinza.
Medito no teu perfil em pousio.
Há um feixe de luz em silêncio
e o anonimato dos teus olhos sobre a cinza.
Não és nada rapariga, mulher.
Rua livre da minha correria premeditada.
Vulto do meu parecer cansado.
Grito da minha discórdia vincada.
Medito sobre o silêncio justo dos teus olhos em anonimato.
Tu, meu único grito de cansaço.
Tu, minha única alucinação
sem veredicto.
Fica por aqui, rapariga-mulher
da manhã cinza.
De súbito caí nesta tristeza.
Ainda há pouco eu não era assim.
Quem me encontre
Não sabe onde me encontro.
Para onde foi a minha clareza
O instrumento do estar em mim.
Como que me desmonto em sensações.
As sensações não são ninguém.
E se for devanear,
Devaneio.
Durmo entre convulsões
De abraços sem vida.
O meu enleio:
Secura, fogo, clarões,
Corre na alma desmedida
Entre focos de gritos, encontrões,
Alma quebrada, ilusões.
Alma quebrada, ilusões.
Um timbre tinge
como estive em arte pesada.
Estive,
E isto sou eu,
Sou eu ou estou eu:
Esta vileza imaculada,
Perene tristeza
Em queda livre.
O Suposto
Na minha inteira
E louca lucidez
Levantei-me
Vi-me parecer
Nas palavras
E na escrita
Apedrejei-me
De sensatez
E soltei-o
Como não querer
Saber
Sabido do eu
Ou de não o ser
Palpei o rosto
A nitidez
Tomou lugar
Naquele pouco
Ou nada para ver
Estendi-me no solo sujo
Somente para ser louco
O dia cresceu um pouco mais
E mais des(gosto)
No menos limite
Dormi sem termo
Não era eu
Era um suposto
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